A Polar Bear Swim de Vancouver; ou na tradução literal, o nado do urso polar, é uma das maiores e mais antigas do mundo. Ela nada mais é do que um grupo de pessoas que entra nas águas geladas da praia de English Bay no primeiro dia de cada ano.
Acredite ou não, essa é uma tradição que começou em 1920, quando um pequeno grupo de malucos resolveu entrar no mar (provavelmente para curar a ressaca) e desde então milhares de pessoas se reúnem todos os anos para completar esse desafio.
Esse evento acontece em diversos outros lugares gelados do mundo, mas em 2014 Vancouver bateu o recorde mundial de inscritos, com um total de 2.550 pessoas. Com certeza esse número deve ter sido bem maior, porque todos os anos, diversas pessoas participam da Polar Bear Swim, mas não se inscrevem oficialmente.
É muito parecido com uma largada de competição de triátlon, em que as pessoas ficam em um cercado, uma sirene é tocada e saem todos correndo para nadar até uma boia. Às 2:30 da tarde pontualmente, é liberada a boiada. Depois dessa parte “oficial”, as demais pessoas só entram, tomam um banho e logo saem.
O evento tomou tamanha proporção que atualmente tem uma página própria dentro do site da cidade de Vancouver, que você pode ver neste link. Todos os anos moradores e turistas vão para a praia no primeiro dia do ano para assistir ou encarar o mar gelado.
O governo da cidade não recomenda que as pessoas fiquem mais de 15 minutos na água para evitar o risco de hipotermia. Além disso, a recomendação é para que as pessoas não se embriaguem antes de entrar no mar, com a falsa ilusão de que isso aquece o corpo, pois segundo o próprio site, ele acelera o processo hipotérmico.
Para dar conta dos possíveis acidentes que possam acontecer, há diversos salva vidas e barcos prontos dando suporte ao evento. Claro que naquele jeito canadense de ser, com tudo muito bem organizado.
No fim das contas, a Polar Bear Swim é uma grande festa, com patrocinadores, pessoas fantasiadas, música e até um bottom para comprovar a participação. Obviamente eu não pude deixar de ir e entrei na água também. Antes de chegar ao mar, meu pé já estava congelado e é realmente absurdo o frio, mas é uma experiência divertida e uma boa história para contar.
Quer ver como foi? Dá uma olhada no vídeo e nas fotos abaixo.
Esse é o bottom de 2019 que foi dado aos participantes.
O Nando, amigo de Floripa, veio nos visitar só pra sentir o frio que o Jack passou no naufrágio do Titanic.
A Duygu, uma amiga da Turquia, foi lá pra prestigiar o nosso sofrimento.